segunda-feira, junho 30

Jardim do Édem - Colecionando frutas, armazenando minerais e aumentando a saúde

Antônio Roberto Mendes Pereira

A necessidade básica não de comer, mas de se alimentar bem, deveria imperar na escolha do sistema de produção e do cardápio alimentar que se tem preferência. Mas, infelizmente, os critérios que são levados em conta na hora da escolha vão sempre de encontro a qualidade biológica e nutricional. Normalmente é considerado, o que se vende. O que dá dinheiro, ou o que gera dividendos financeiros que nem sempre são dividendos econômicos. E no final das contas terminamos por tomar decisões que comprometem a segurança alimentar da família em todos os aspectos. Deixa-se de produzir sabendo o que está sendo utilizado como insumo, para comprar um produto sem rastreabilidade, isto é, não sei quem o produziu, como produziu e com que insumos produziram. Produtos estes que não considero em alguns casos como alimentos e sim comida ou até enchimento de barriga, como conhecemos aqui no nordeste do Brasil.

Outro fator que precisa de atenção na hora da tomada de decisão do que plantar é conhecer quais são os alimentos vegetais mais completos em termos de qualidade biológica e nutricional. E como produzi-los sem muito gasto de energia humana e de insumos, e me deparo com situações que me direcionam para escolher as frutas, como alimentos mais completos em termos de nutrição mineral natural.



Elas nos presenteiam anualmente com uma safra e algumas outras com várias safras durante o ano. Se bem cuidada é uma fonte de saúde nos momentos mais críticos, pois normalmente a safra de algumas frutas acontece no momento de carência de alguns minerais na alimentação humana, até parece que a natureza já sabia que iria acontecer.

Elas quase que fazem tudo sozinhas depois que se encontram instaladas no ambiente. Se encontrar um ambiente que atenda suas necessidades básicas se desenvolve satisfatoriamente bem além de presentear todos os anos a depender da variedade com alimentos sanos, saborosos, bonitos e coloridos. 

São alimentos que além de alimentar são funcionais, atendendo determinadas necessidades em minerais que se sente falta em outros. 

Em muitas propriedades são esquecidas e não são plantadas novas gerações e espécies e nem substituídas as que já cumpriram suas atividades vitais. Isto normalmente acontece porque algumas variedades demoram vários anos para iniciar sua produção.

Devemos saber que ir a um pomar é ter um encontro com a saúde. É uma fábrica de saúde natural que pode nos atender por longos anos a depender da variedade que se plantou ou que se vai plantar. É uma dádiva da natureza grátis e gratuita. É a fotossíntese fazendo seu papel de produzir substâncias orgânicas para alimentar todos os demais seres a partir carboidratos primários (glicose), ou melhor, do trinômio C, H, O. Amido, proteínas, celulose, hemicelulose, ligninas são todas substâncias orgânicas produzidas a partir da realização da fotossíntese e da mistura principal dos trinômio C, H, O com os minerais extraídos do solo.

Quando você planta uma floresta de alimentos, existem alguns princípios básicos que devem ser seguidos:

PRINCÍPIOS E ESTRATÉGIAS PARA A MONTAGEM DO ARMAZÉM VIVO DE VITAMINAS E MINERAIS

O POSICIONAMENTO DA FLORESTA DE ALIMENTOS – Ela é posicionada com o mesmo critério utilizado na zona 01. Ou seja, você deve considerar que algumas necessidades precisam ser atendidas, como por exemplo: necessidade de água, energia para a manutenção. As características ideais para a implantação de um pomar devem ser:

· DECLIVIDADE – Encostas suaves são muito boas para o plantio de fruteiras, pois facilita a drenagem. Outro detalhe a ser observado é para qual lado este declive deve está virado, isto em Permacultura chama-se de aspecto. Logo escolha aspecto onde o pomar possa receber sol o dia inteiro. As plantas de menor porte deverão ficar na frente direcionadas para o sol, na frente das plantas médias e altas, com este procedimento impedimos que as plantas de maior porte produzam sombra para as pequenas.

O espaço ideal para este armazém é a Zona 02, conhecida também como frutifloresta, ou floresta de alimentos. É considerado como zona de segurança alimentar e de saúde. Deve ter a multifuncionalidade de alimentar e suprir carências vitamínicas e minerais dos seres humanos e dos animais que fazem parte do agroecossistema familiar. 


Deve ser pensada sua projeção sabendo-se que todo o ano, naquela mesma época irá ter estes alimentos de forma permanente. E que a fruteira da mesa da casa, deve ser o espelho do pomar encontrado no campo. O meu contato com saúde pode ser em casa na fruteira ou indo ao pomar, que quer dizer PARAÍSO. Irei ter as vitaminas a minha disposição gratuitamente a qualquer momento das safras de cada espécie. Devo lembrar e estar atento que cada região tem seu tempero de natureza frutal, isto é tem suas frutas com sabores específicos que só encontro ali, diferente do milho e do feijão que podemos ter em quase todas as regiões do país.

No primeiro momento preciso conhecer e reunir a coleção de frutas daquela região na qual a minha propriedade está situada. Verificar quais as épocas das safras de cada espécie e variedade. Estes dados irão facilitar a projeção da frutifloresta que se quer instalar. Quanto mais frutas nativas fizerem parte da minha frutifloresta mais sustentável será a produção deste ambiente. Um detalhe bastante interessante que precisa ser pesquisado é da existência de frutas que a maioria dos animais nativos o consumam, isto é uma boa indicação da importância desta fruta para o ambiente, podendo esta ser considerada como um manjar dos Deuses.

Quanto mais frutas forem identificadas com época de produção diferenciada das demais, isto nos garantirá que durante todos os meses do ano poderemos ter safras de uma ou de algumas frutas. A meta é ter frutas todos os dias do ano, garantindo a diversidade de frutas e consequentemente à diversidade de vitaminas e minerais espalhados durante todos os dias do ano.

Quanto mais às frutas forem de cores diferentes mais minerais e vitaminas diferentes vou poder ter na minha mesa. As cores indicam a presença de alguns minerais e vitaminas.



Faça uma pesquisa em relação a estas cores.

A QUANTIDADE DE PLANTAS – Este número irá depender da necessidade alimentar e do tamanho da família que se está projetando o pomar. Planeje para que a diversidade de frutas seja sempre grande. Consulte os períodos de safras das espécies escolhidas, tentando montar um pomar onde você possa ter frutas durante todo o ano, distribuídos durante todos os meses. Leve em conta a necessidade de frutas semanal da família e a produção aproximada de cada espécie, evitando plantar fruteira demais ou de menos de uma mesma espécie. Este procedimento permite que a área selecionada para ser o pomar ou o jardim do Édem não desperdice espaço, água e principalmente mão de obra para manter o mesmo produtivo. Qualquer uma fruteira plantada em demasia estará tomando espaço de outra espécie além de estar utilizando água que poderia ser disponibilizada para outras espécies.


OS ESPAÇAMENTOS ENTRE PLANTAS E ENTRE AS RUAS – A distâncias que as fruteiras vão ser plantadas, deve ser aquela que garanta que depois de adulta, sua copa não irá se entrelaçar com as demais frutas, do ambiente projetado. Antes de marcar os espaçamentos tente observar estas plantas quando adulta e veja o diâmetro de sua copa, dando este espaçamento além de deixar espaços livres para que outros cultivos, que não seja frutas, possam fazer parte deste ambiente aumentando a diversidade de alimentos. 

A poda não deveria ser uma prática para este tipo de pomar a não ser quando muito necessária, como uma poda de limpeza. Pois o padrão estrutural de uma espécie é projetado não por nós, mas pelas condições de luz, água e nutrientes que a mesma encontra no ambiente. Cada planta foi projetada pela natureza para que cada folha em algum momento do dia possa fazer fotossíntese, esta é uma das principais funções de uma folha. Logo, todos os galhos e sua distância de projeção foram distribuídos levando em conta as características do ambiente, assim como a quantidade de folha e a sua disposição em todos os galhos. Masonubo Fukuoka em seu livro “Agricultura Natural” nos ensina que uma árvore tem sua capacidade máxima de produção para seu padrão e espécie. Logo, uma poda concorre para se ter frutas maiores, porém em menor quantidade. Uma planta em seu estado natural sem muita intervenção humana irá produzir mais frutos, porém, de variados tamanhos, para atender a uma diversidade de animais que dessa planta irá se alimentar. Animais pequenos irão dá preferência por frutos menores. Uma planta que seu padrão natural foi projetada para nos dá 100 frutos, poderá me dá 50, porém de tamanho maior que irá valer pelas mesmas 100, esta explicação é para facilitar o entendimento.

Sabe-se também que a poda também facilita para se ter uma altura de fácil coleta de frutos. Sabemos também que uma planta podada também facilita a entrada de luz e ar, impedindo a presença de algumas enfermidades, mas fica a seu critério podar ou não. Eu estou mais propenso a não realizar tais procedimentos, deixo a natureza realizar seu trabalho. Até porque, todos os frutos não foram produzidos todos para mim. Devo também garantir parte da alimentação de outros seres que de forma direta e indireta contribuíram para que estas fruteiras pudessem se desenvolver e produzir, contribuindo na polinização, na adubação e porque não dizer também no revolvimento do solo, deixando o mesmo mais fofo para a entrada de água e ar.

A CAPTAÇÃO DE ÁGUA DO POMAR – O solo precisa está bem preparado para que toda a água de chuva possa se infiltrar com facilidade. Temos que preparar o solo para que o mesmo possa está com a boca aberta permanente para captar e beber água. Uma boa bioestrutura poderá realizar esta tarefa, desde que possamos está devolvendo de forma permanente matéria orgânica diversificada. Não permitir que a água escorra é uma das funções que precisa ser realizada de todas as formas. Deveremos sim, criar formas para que toda água que caia sobre este pomar possa passar o maior tempo possível neste solo. Muitas técnicas de conservação poderão ser utilizadas para tal fim, como por exemplo, Plantio em curva de nível, terraceamento, cobertura morta, plantio em faixas ou aléias, diversificação, etc. São todas técnicas que poderão ajudar nesta tarefa de retenção de água no solo. 

Captar, armazenar, distribuir, tratar e reutilizar deve ser tarefas de práticas permanentes. Depois da água está no solo, deveremos evitar que sua perda aconteça por evaporação. Se tiver que perder água que seja passando por dentro das plantas através da respiração e transpiração, pois toda vez que a planta absorve água ela também absorve misturada a esta água minerais contribuindo para seu desenvolvimento.

A NÃO ENTRADA DO VENTO NO AMBIENTE – Devemos lembrar que o excesso de vento além de ressecar o solo, contribui também a perda do CO² ao redor das plantas, contribuindo para diminuição da fotossíntese, durante a fase clara da mesma. Não podemos esquecer que todas as plantas durante a fase clara ou na presença da luz realizam fotossíntese, e para isto necessitam da presença de CO², água e luz. O CO² é um dos principais ingredientes na formação do alimento básico feito pela fotossíntese que é a glicose (C6H12O6). É importante que o lado do vento tenha quebra ventos, para impedir tanto a evaporação quanto o ressecamento do solo.

O CONSÓRCIO COM OS ANIMAIS – O consórcio com os animais é uma grande estratégia que pode a manter o pomar sempre fertilizado, pois as fezes destes poderão contribuir muito na manutenção e na reposição dos nutrientes que iram ser exportados via colheitas das frutas. Alguns insetos também são imprescindíveis, pois muitos destas espécies contribuem na polinização das flores contribuindo no aumento da produção de frutas. Entre eles podemos dar destaque para as abelhas ou melíponas, pois ambas as espécies fazem com muito afinco esta tarefa de garantir a polinização das flores das fruteiras. Outros animais também podem e devem fazer parte deste espaço produtivo, como os caprinos, ovinos e até os suínos e as galinhas, necessitando para que isto venha acontecer, é necessário verificar em que estágio estarão as fruteiras. O tamanho das fruteiras, poderão nos guiar na escolha e no momento da entrada destes animais no espaço. Uma grande contribuição destes animais é no pastejo das ervas que iram se desenvolver entre as fruteiras. Escolha animais que você tenha certeza que eles não iram molestar o tronco das fruteiras.



O CONTROLE DE PRAGAS E ENFERMIDADES – Planta bem nutrida dificilmente irá ter problemas com pragas e doenças. Mas, durante a vida destas poderá acontecer desequilíbrios nesta alimentação contribuindo para o surgimento destes problemas. Sempre parta do princípio que primeiro deveremos identificar as possíveis causas que provocaram o aparecimento destes problemas. Faça um esforço para identificar tais situações, pois se apenas resolvermos os sintomas e não identificarmos as possíveis causas, com certeza este problema irá reincidir mais na frente e com muito mais força. Lembre-se também que, têm determinadas estações do ano onde as plantas poderão estar mais propensas para ter estes problemas, aqui no nordeste e em especial no sertão estes problemas tomam vultos nos períodos de seca, onde a escassez de água e as temperaturas altas contribuem enormemente para o surgimento e até em alguns casos no agravamento destes. A teoria da TROFOBIOSE escrita por Francis Chaboussou poderá explicar nos detalhes as possíveis causas dos problemas no seu livro “PLANTAS DOENTES PELO USO DE AGROTÓXICOS”. Ele parte do principio de que planta que consegue fazer muita ou até permanentemente proteossíntese dificilmente adoecerá ou sofrerá ataque de pragas. 

Mas caso estes problemas surjam poderemos utilizar defensivos botânicos não para matar todos os insetos, mas para controlar tal surto desenfreado. Leia o texto: “Defendendo-se dos desequilíbrios dos cultivos” e “Criando obstáculos para os insetos” estes dois textos irão trazer informações que poderão ajudar muito no manejo destes problemas.

AS ADUBAÇÕES ANUAIS NECESSÁRIAS E SEUS TIPOS – para que uma fruteira possa crescer e se desenvolver satisfatoriamente bem se faz necessário que o solo onde a mesma está se desenvolvendo contenha todos os minerais necessários para o seu bom crescimento. Logo se faz necessário uma boa adubação deste espaço caso alguns destes minerais não estejam presente na proporção e na quantidade ideal. 

Imediatamente procure saber qual o nível do PH do solo, se a carência ou a indisponibilidade de cálcio existir as plantas terão problemas para absorver os demais minerais para sua nutrição. Caso esta carência seja confirmada através da análise que poderá ser feita com o uso de repolho roxo, ler “Analisando o solo sem laboratório” ou através de laboratório de solos, deverá ser corrigido através do uso de calcário dolomítico que é rico em cálcio e magnésio. Outra forma que poderá ser utilizada, porém de processo mais lento é o uso de matéria orgânica de forma constante. Muito cuidado quando for utilizar o calcário, pois a utilização de grandes quantidades de uma única vez pode sanar o problema, mas poderá disponibilizar os demais minerais de forma muito intensa contribuindo para perdas por lixiviação. Logo, indicamos para grandes quantidades por hectare dividir a aplicação em duas vezes.

A primeira adubação deverá acontecer antes do plantio das fruteiras, é conhecido como adubação de fundação. Esta adubação deverá seguir a orientação de uma análise do solo, para que se possa identificar os tipos e quantidade presente destes minerais no solo. Sempre recomendamos depois de posse destes analises, fazer o preparo e uso de insumos orgânicos para suprir tais necessidades. Poderão ser utilizados compostos preparados exclusivamente para atender estas demandas. Diversos tipos de matéria orgânica são ricas em muitos minerais podendo ser selecionadas ou até adquiridas para a confecção dos compostos que iram ser utilizados. As demais adubações durante a vida das fruteiras são chamadas de adubação em cobertura e são utilizadas para suprir determinadas necessidades especiais para cada fase de crescimento das fruteiras. Esta adubação em cobertura deverá ser feita sempre com a presença de umidade suficiente no solo e respeitando as fases de crescimento principalmente a fase de florada e frutificação. Um dos principais minerais que não poderá deixar de está presente e que normalmente não estão é o fósforo. Tente encontrar uma fonte de preferência de origem orgânica para repor ou elevar a sua oferta no solo. Uma adubação sempre responde melhor quando a estrutura do solo também estiver boa. Um solo compactado que não permite a entrada de ar e água com certeza também não permitira que as raízes das plantas possam crescer em busca dos minerais e muito menos na absorção dos mesmos depois de encontrados.

A adubação verde feita com o uso de leguminosas poderá contribuir muito no aumento do nitrogênio no solo, já que este mineral é um dos mais exigidos e de muito oneroso sua compra. Poderá ser feito plantio entre as ruas com algumas variedades de leguminosas para tal função. Lembre-se que entre as linhas de cultivo deverá ter permanentemente uma boa cobertura morta, quer feita pelas ervas ou pelo plantio de leguminosas.

A necessidade de um retorno de matéria orgânica de forma constante é um dos grandes segredos para a manutenção de uma boa fertilidade e uma boa estrutura do solo.

O CONTROLE DE ERVAS INDICADORAS – Como dito anteriormente a entrada de algumas espécies de animais no pomar e seu manejo poderão contribuir muito nesta tarefa. Caso estes animais não consigam realizar toda a tarefa se faz necessário a capina manual feita com enxada ou qualquer outro equipamento desde que se esteja atento durante a capina ou limpeza para não agredir as raízes das fruteiras, principalmente as que estão próximo ao final da copa das mesmas. Pois, são justamente estas raízes que são responsáveis pela absorção de água e minerais do solo. Na ponta destas raízes vamos encontrar a coifa e logo após os pelos absorventes que são os grandes responsáveis pela absorção da solução do solo (água mais mineral dissolvido). Nada de utilizar meios químicos nesta ação de limpeza ou desafogamento das fruteiras. Outra medida que pode ser utilizada é o uso de lança chamas para controlar as ervas. O uso de uma boa cobertura morta evitará a germinação dessas ervas além de conservar a umidade e a baixa temperatura do solo e do ambiente contribuindo de forma indireta no aumento da fotossíntese. Pois temperaturas acima de 25º contribui para que muitas plantas diminuam ou até parem de fazer esta tarefa tão importante que é a fotossíntese.


Um comentário:

  1. Caro Roberto, em 1º lugar eu quero felicitá-lo pelo seu blog! É muitíssimo interessante. Hoje vim aqui procurar uma indicação sua sobre o espaçamento entre vegetais. Estou a querer planear as minhas sementeiras de Primavera/Verão (centro de Portugal) e há questões que me deixam em dúvida - como aproveitar ao máximo o pouco espaço dos meus canteiros? Sigo o espaçamento entre plantas normalmente indicado ou posso condensar mais as plantas? Vou usar a consociação de vegetais e flores e ervas aromáticas, tenho canteiros elevados e vou usar mulching. Como ocupar o melhor possível o solo? Tem sido para mim um pouco confuso gerir as ideias difundidas pelos seguidores da agricultura orgânica e pelos seguidores da permacultura, como por exemplo, fazer ou não fazer rotação de culturas. Eu gostaria muito de me ir aproximando da permacultura mas sinto-me um pouco perdida. Muito agradecia se me puder dar umas dicas nomeadamente sobre espaçamento entre plantas. Já agora pergunto: o milho doce é amigo ou antagónico da beterraba? É que eu encontro informação muito contraditória.
    Desde já muito agradecida pela ajuda que me possa dar. Anabela Pires (Portugal)

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